sábado, 16 de outubro de 2010

A destruição do próprio Arquitecto.

Nascemos para ser os meninos bem comportadinhos da primária. Se não formos, o ciclo vai correr mal... No ciclo, a pressão das notas acentua-se e as “provas Globais” são um pesadelo. Chegando ao Secundário é preciso ter cuidado com a média para podermos entrar no curso e na faculdade desejada. “Sou feliz, entrei no que queria. Estou na faculdade!” - ERRADO! A luta da média não acabou - "Tenho de ser bom nisto para ter um bom emprego". Se arranjarmos emprego, queremos subir na carreira (“não tarda tenho um filho e tenho que ter dinheiro para comprar um monovolume de familia”). E por aí fora...

Moral da história: Damos por nós com 65 anos, reformados, artroses em ambos os joelhos, dinheiro na carteira e muita falta de saúde para o gastar.

Tenho 22 anos e reparei-me que segui o caminho suposto até há 2 anos atrás.

Deverei eu seguir o que planearam para mim ou de uma vez por todas ganhar tomates e perceber que posso até nem chegar a ser reformado?

Uma coisa é certa:

Hoje em dia, um tipico rapaz fruto da geração MCA quer ser o primeiro a ter telemovel na sua turminha da primária, ter o penteado de vampiro mais cool do ciclo, mandar mais steps que os amigos na casa de banho do secundário e “avacalhar” a universidade, inscrever-se na tuna e ser o maior bonacheirão do grupo...


O futuro deste rapaz? Não sei... Mas se tudo correr bem, estarei cá para ver.


João

domingo, 14 de março de 2010

Hormonas

Hormonas.

Assunto estranho. Hormonas.

Dei por mim a pensar: “O ser humano diz-se livre e racional. Então porquê atitudes inexplicáveis, fundamentadas em fundamentos inexplicáveis? Porque é que coincide sempre naquela altura do mês?”

Dá que pensar, porque a altura mais evidente do absoluto controlo das hormonas é naquela altura. Então e se o resto da vida também for? E se quando julgamos que estamos a decidir algo, são as nossas hormonas a dar ordens ao nosso cérebro para nos enganar ao fingir que estamos a tomar uma decisão?

Já li, e apesar de ser desmotivante, começo a concordar com a opinião de um cientista que me abriu os olhos há pouco tempo: Quando nascemos, estamos destinados ao nosso próprio ADN. Julgamos ser racionais mas limitamo-nos a seguir um caminho de decisões tomadas na altura da fecundação, altura em que o nosso ADN começa a ser criado.

É desmotivante. Mas pelos vistos só somos suficiente racionais para perceber que, na verdade, somos irracionais.

João, O Miguel

sábado, 13 de março de 2010

Criticas Musicais


Discordo. Discordo da maior parte das criticas a musicais e/ou álbuns.

Depois de horas de reflexão sobre este assunto, cheguei à minha própria conclusão que discordo por completo do caminho crítico que é levado pela maior parte das pessoas.


Talvez devido a pressões das editoras, as bandas de hoje são “obrigadas” a fabricar álbuns de ano a ano.

As críticos musicais de hoje em dia exigem um segundo álbum melhor que o primeiro. Caso esta fasquia seja alcançada, a banda é “endeusada”, caso tal fasquia não seja atingida a banda “Fracassa” neste mundo de ideias pré-definidas.

Esquecemo-nos muitas vezes que uma banda para lançar o primeiro álbum, trabalha durante anos até o conseguir. É criada uma panóplia imensa de músicas por onde se pode escolher as melhores musicas a serem editadas. O segundo álbum (talvez devido às tais pressões), com menos tempo para criar e escolher, é lançado para as lojas muitas vezes cru e que não supera as expectativas de um trabalho com anos de reflexão.

Discordo da opinião que uma banda deve inovar de álbum para álbum. Sou apologista de que cada álbum pode ser inovador de música para música dentro do próprio álbum. Eis o meu raciocínio.

Se neste momento estiver mais virado para a música country, se tiver 6 meses para criar um álbum, este trabalho vai ser bastante inspirado por música country. Se eu tiver 4 anos para fabricar um álbum, posso percorrer um espectro desde a música electrónica ao noize, e ao fim desse tempo fazer uma “playlist” das músicas que representam melhor os meus últimos 4 anos.

Porque deveremos nós fazer um álbum representativo de um estilo (mesmo que seja algo inovador)? Porque não podemos nós ter a música 1 a bater no indie rock, a música 2 a roçar a electrónica e a 3 bastante barulhenta e até pesada?

O ser humano tens oscilações de humor de dia para dia, o processo criativo muda de semana para semana e as criações ou improvisos nos ensaios variam conforme o estado de espírito de um grupo, uma banda. Daí surgir outra pergunta:

Porque é que uma banda que faz um álbum versátil musica a musica é considerada POP e uma banda que acaba por faze-lo de álbum para álbum ao longo de uma carreira (pressões de inovar) não é?

Das coisas que me dá mais gozo é sentir que um amigo meu esta revoltado com a vida, outro esta triste com algo, um em êxtase e outro num dia absolutamente normal. O produto destes 4 estados de espírito concretiza-se em melodias tristes, vozes revoltadas e ritmos contagiantes.

As pessoas adoram o subliminar, mas nem tudo precisa de o ser. Porque não álbuns com mensagem e álbuns aleatórios que definem isso mesmo, a ALEATORIEDADE das nossas vidas?

O Mundo não está cheio de génios, mas está cheio de criativos que podem, com tempo, fazer trabalhos geniais.


João, o Rodrigues

O que é? O que será?

O que é?
- Não sei ao certo.
O que será?
- Impossível de dizer.

A maior parte dos seres humanos, quando lhes acendem uma luz, pegam num papel e numa caneta e escrevem (pelo menos o meu grupo chegado de amigos fá-lo).
O que é isto? Talvez o concretizar do analógico em digital. Um scan das folhas que estão escritas cá por casa.
O que será? Pergunta de resposta impossivel, funciona como uma banda em processo creativo. Só quando acabar, é que me darei conta para o que serviu.

Desde sempre que me ouvem dizer: "Adoro falar sozinho."
Perdi a casca.

João, o Martins